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Jaciara do Couto

Vivência Lésbica - Fotógrafa conta os desafios para viver a sexualidade no interior

Updated: Aug 2, 2021




“Ninguém vai poder querer nos dizer como amar” é um dos versos da canção Flutua de Johnny Hooker e reverbera o grito de inúmeras pessoas LGBTQIA+ que ainda encontram grande dificuldade para ser quem são e expressar sua sexualidade com liberdade. Por isso, embora muitos direitos tenham sido conquistados nos últimos anos, o caminho a ser percorrido é longo, principalmente no interior onde a causa nem sempre recebe a visibilidade que precisa.

Hoje, vamos conhecer um pouquinho da história de Raiana Andrade, de Paraíba do Sul - RJ, cidade vizinha a Três Rios. Raiana é lésbica, tem 28 anos, é fotógrafa e relatou que chegou a ouvir de um ex-sócio, após tornar pública sua sexualidade, que nenhuma mãe a contrataria para trabalhar em uma festa de debutante se soubesse que ela é lésbica. Felizmente, ao contrário do argumento do ex-sócio, Raiana diz que todos os seus clientes sempre a respeitaram.

De acordo com dados do dossiê LGBT 2018 feito pelo Instituto de Segurança Pública, uma pessoa é vítima de LGBTfobia por dia no estado do Rio de Janeiro. Diante de tantos casos de preconceito, é comum que pessoas LGBTQIA+ não se sintam à vontade para ter hábitos simples que as pessoas héteros têm, como ter gestos de carinho em público. É o caso de Raiana que não se sente à vontade para andar de mãos dadas ou beijar sua noiva, Amanda, em público.

Embora a fotógrafa tenha recebido apoio e acolhimento de sua família, ela reconhece que essa não é a realidade de muitas pessoas e acredita que poderia ter tido um processo de aceitação mais fácil se tivesse recebido apoio psicológico de alguma instituição.

Raiana, à esquerda, e sua noiva Amanda. Foto de rede social.


Quando lhe perguntei sobre quais medidas poderiam ser tomadas para que a população LGBTQIA+ de Paraíba do Sul e cidades vizinhas pudessem viver sua sexualidade de forma plena, ela apontou que ações sociais, eventos, apoio psicológico e ajuda no mercado de trabalho eram algumas. Termino essa matéria desejando que um novo tempo, em que todas as pessoas possam enfim amar sem temer, vença o preconceito e ódio.


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