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Caio Silva

Os planos para o início da vacinação de idosos em Santos Dumont

Segunda etapa da imunização contra Covid-19 deve começar ainda nesta semana, diz especialista

(Imagem: Pixabay)


Na última segunda-feira, dia 8, a Secretaria Municipal de Saúde da cidade de Santos Dumont informou publicamente que pretende começar, ainda nesta semana, a segunda etapa da vacinação contra a Covid-19, que contempla os idosos com mais de 90 anos. A cidade recebeu cerca de 315 mil doses da CoronaVac, o que impulsionou a chegada da próxima fase da vacinação. O município continua a seguir as orientações de grupos prioritários do governo estadual de Minas Gerais.


De acordo com Renata Vieira, coordenadora da vacinação em Santos Dumont, parte do corpo de saúde da cidade buscará as vacinas em Juiz de Fora na quinta, 11, de forma que a vacinação aos idosos consiga ter início ainda na sexta-feira. Ela explica que, assim como Santos Dumont, as cidades de Ewbank da Câmara e Oliveira Fortes também recebem imunizantes oriundos de Juiz de Fora.


“Antes de darmos início à vacinação aos idosos com mais de 90 anos, foi preciso reformular alguns problemas de logística que nos atrapalharam na primeira etapa. Para evitar a aglomeração nos pequenos postos de saúde, deslocamos nossas unidades para o Colégio São José, que nos oferece um espaço maior e mais seguro. Nesse primeiro momento, direcionamos vacinas também aos idosos em condição de asilo, o que serviu para nos dar uma ideia de como todo o processo funcionará nas próximas semanas.”, afirma Renata.


Visando maior efetividade e segurança durante o processo, a segunda etapa da imunização em Santos Dumont será realizada de três formas diferentes: na quadra do Colégio São José, localizado no centro da cidade; em drive-thru, sistema já utilizado em outras ocasiões; e de maneira domiciliar, com os agentes da saúde indo até as casas de pessoas com dificuldade de locomoção. Rosangela Rita, enfermeira-chefe em um dos postos de saúde da cidade, explica que o recomendado é que essas pessoas ou seus familiares deixem nome, endereço e telefone registrados nas unidades sanitárias.

“Um ponto positivo é que já observamos um grande interesse nas vacinas de boa parte da população idosa. O telefone da unidade toca a cada instante solicitando informações sobre o cronograma de vacinação. Isso é, de certa forma, um alívio, já que a insegurança e a desconfiança em relação aos novos imunizantes muitas vezes funciona como um obstáculo”, conta a enfermeira.


Marlene Ferreira, habitante natural de Santos Dumont, ainda precisará esperar algumas semanas até receber sua vacina. Com 77 anos, ela conta como espera que a imunização mude sua vida: “Acredito que, após a vacina, muitas coisas serão diferentes. O alívio de não viver mais com o terror constante de pegar essa doença já é o suficiente pra mim. Além de gostar muito de ir pra rua, bater papo, sair de casa, sou costureira, o que envolve um contato muito próximo com os clientes. Então espero que muita coisa se normalize, tanto de maneira pessoal quanto profissional. Espero poder viajar e ver amigos, uma mudança que, pra mim, é de liberdade.”



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