Vamos conhecer um poucos mais sobre essa modalidade paralímpica com a professora Célia Claveland.
O atletismo adaptado começou a ser desenvolvido na cidade em 2006, numa parceria entre a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) da Prefeitura de Juiz de Fora e a Associação dos Cegos. Em 2013, criou-se o programa “JF Paralímpico” com várias modalidades para pessoas com deficiência, sendo o atletismo paralímpico uma delas.
Vamos conhecer um pouco mais sobre essa modalidade esportiva com a professora de atletismo Célia Claveland, da Secretaria de Esporte e Lazer.
Repórter: Como os alunos chegam até ao programa JF Paralímpico?
Professora: Os alunos chegam de duas formas: pode ser pela família ao tomar conhecimento do programa procura a SEL, o aluno faz uma avaliação para ver em qual modalidade mais se identifica, ou já vai com essa escolha definida, a partir daí será encaminhado ao núcleo desejado, no caso para o atletismo paralímpico. A outra forma é pela captação do professor, através de abordagem direta a pessoa com deficiência ou alguém da família. Nessa abordagem apresenta-se o programa, o atletismo paralímpico, e faz o convite para comparecer ao núcleo a fim de conhecer como se desenvolvem as aulas/treinos.
Repórter: As famílias apoiam, participam da vida dos atletas?
Professora: A maioria das famílias são altamente participativas.
Repórter: Há no programa fisioterapeuta para acompanhar os atletas?
Professora: Não, quando os atletas necessitam do especialista a família ou eles mesmos se encarregam de procurar esse apoio.
Repórter: O que você destacaria como conquista importante para os atletas do atletismo?
Professora: A conquista mais importante é a autonomia e a segurança que adquirem ao vencerem suas próprias limitações. Depois disso, diria que é a alegria, o prazer de sentirem que a cada dia superam a si próprios, descobrindo que são capazes de irem muito além do que imaginavam.
Repórter: Quais são os limites superados pelos atletas?
Professora: Os limites superados pelos atletas são vários, cada um tem suas próprias dificuldades e ultrapassar a barreira dessas limitações é um grande desafio. Acredito que os grandes limites superados são da insegurança, da baixa autoestima, da dependência, da dificuldade motora e locomoção, da perseverança em continuar mesmo diante das circunstâncias adversas. Quando avançam e conseguem vencer esses obstáculos, visualizamos uma grande superação.
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